sábado, 2 de outubro de 2010

She.

Ela era uma menina considerada doce e meiga, cresceu e se tornou solitária e carente, mas nada disso era percebido pelos demais. Ela sonhava com coisas que nunca poderia ter, mas nunca,essa palavra simplesmente não fazia parte de seu vocabulário.
Até que ela se apaixonou, e essa palavra se tornou constante, sempre que este alguém lhe feria, ela repetia para si mesma "nunca mais", mas nunca era forte o suficiente para manter sua própria palavra, e isso lhe fazia frágil e inconsequente.
Até que isso a esgotou e ela decidiu seguir, mas já não era mais a mesma menina, tornou-se fria, nenhum sentimento próprio ou alheio lhe comovia, raramente acreditava no que lhe diziam, não conseguia mais sentir o que de tão bonito conseguiu um dia sentir.
Depois disso foram erros e mais erros, nada lhe agradava, e nada lhe parecia suficiente, tentou distrações, pessoas, mas tudo lhe parecia indiferente, e não gerava nenhum tipo de sensação.
Então ela resolveu apenas fazer aquilo que fosse importante, e não mais tentar aquilo que ela havia visto que não lhe acrescentava nada, pelo contrário, apenas gerava mais desconforto, pois machucava os outros por ter sido machucada.

E assim o tempo passou, foi então que tudo começou...

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